


#shading é o tal sombreamento, a alternância entre o claro e o escuro da mesma cor, parece que a tinta fica fraquinha mas não é nada disso, ela sombreia, gente, sombreia. no azul royal temos num pedaço da letra o marinho, na sílaba seguinte um quase azul claro. é um efeito incrível, procurado e desejado
#sheen revela uma cor subjacente, não óbvia. e é de outra cor, diferente da original. é uma surpresa. às vezes demoramos um tempo até percebermos esse efeito. às vezes é epifânico. a gente olha o papel em que está escrevendo, bate um raio de luz e... tá lá o portal. delírio puro. há caneteiros que, depois que descobrem o #sheen, ficam viciados, não querem mais nenhuma outra tinta, exceto aquelas que o tem. Eduardo Duarte é um deles, né ariano?
#shimmer são partículas sólidas em suspensão que, agitadas com gentileza pela mão que segura a caneta, ou o vidro enquanto a garrafa está em nossas mãos antes de abastecer o conversor, se mistura e amalgama com a tinta. daí nasce o brilho metálico - que até há pouco só havia em duas variações: prata e ouro. agora a de atramentis lançou também os acabamentos em cobre e bronze. só três marcas de tintas fabricam produtos com #shimmer: diamine, j. herbin (as duas mais antigas do mundo, fundadas respectivamente em 1864 e 1670) e a citada de atramentis.
sem o papel apropriado, porém, nada disso acontece. tem que ser papel concebido para não absorver nossas tintas líquidas. se não, esforço e dinheiro são desperdiçados.
espero ter contribuído para a formulação da gramática e do léxico de nossos companheiros caneteiros
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