domingo, 22 de outubro de 2017

volta ao analógico

o analógico me restabelece. propicia momentos de candura. o analógico me resplandece. escrevo porque preciso ficar viva. um moço falou isso hoje pra mim - e tomo como minhas as palavras dele.

o digital muitas vezes me suga. os bits me comem.
não sei se é porque nasci em 1963. talvez.
desde a maria-chiquinha obrigada pela mãe até hoje, já sem mãe, sendo mãe, minha loucura por canetas-papéis-tintas & cores me põe em outro nível de existência.

bits e bytes. um contraponto. possível complementariedade.
aos poucos, volto a um mínimo essencial do delicado equilíbrio que minha alma requer. ao silêncio obrigatório à escrita.

deixo de fazer deste blog da pen-paper-ink um depositário de vídeos no youtube.
não é essa a função dele.

desde que vendi a primeira tinta por acaso, porque havia comprado repetida por inobservância e desejo excessivo, não encontro tempo para colocar nas palavras escritas aquilo que me vai dentro. não posso.

nem desconfio se as pessoas que adoram esses itens leem. quero presumir que o façam. afinal, o objetivo de comprar ou compartilhar objetos de escrita é escrever. e quem escreve, lê. quem lê, escreve. são como eixos de uma mesma reta. dois lados da mesma moeda, interdependentes. a existência de um não é possível sem o outro.

fazer da vida uma música ou uma poesia ou um quadro. expressão artística mandatória.






Terapia analógica

Meninas & meninos, Depois de muito, muito tempo, por questões de saúde que me impediram de acumular a atividade profissional cotidiana...